Nazismo e seu contexto histórico

O Nazismo surgiu como uma ideologia totalitária de Estado, na Alemanha, nos entremeios da Primeira para a Segunda Guerra Mundia. A etimologia do termo está associada a junção das palavras Nacional e Socialismo, que davam nome ao partido onde Hitler militou e pelo qual chegou ao poder. A ideologia nazista, de cunho militarista e totalitário, pregava a supremacia da raça ariana e perseguição a Judeus e outras minorias, como negros, homossexuais e deficientes.

Além da questão racial, o Nazismo também está ligado a questões sócio-econômicas do contexto histórico em que surgiu, e para entender seu sucesso junto à massa que lhe deu sustentação, é necessário vislumbrar as condições em que a Alemanha se encontrava nos finais da Primeira Guerra Mundial.

Sendo perdedora da Guerra, o Tratado de Versalhes impunha fortes sanções aquele país, tanto no âmbito econômico quanto militar. O povo passava por grandes privações e o país afundava nas dívidas a que foi obrigado a assumir frente às nações vencedoras do conflito. Some-se a isso a grande rivalidade que a Alemanha nutria pela França, para quem perdeu parte de seu território no final da Primeira Guerra.

Todas estas questões feriam o orgulho alemão e quando Hitler surgiu pregando uma doutrina ultra-nacionalista, encontrou respaldo em amplos setores sociais. Uma vez no poder, Hitler revogou, a revelia, todas as determinações impostas a Alemanha pelo Tratado de Versalhes, inclusive, a cláusula que impedia o país de industrializar-se e manter uma produção bélica.

As ações de Hitler provocaram grande tensão nos países vizinhos e em toda a Europa. Diante das demostrações de força da Alemanha sob o comando de Hitler, as potências daquele continente entraram em uma corrida armamentista e iniciaram articulações de pactos que garantissem apoio em caso de agressão militar. Neste momento, já estava preparado o palco para o maior conflito que o mundo viriam a enfrentar: a Segunda Guerra Mundial, que envolveu quase a totalidade dos países da Europa e tantos outros nos cinco continentes do globo.

Em 1939, com a invasão da Polônia pelas tropas nazistas, estava deflagrada a guerra, que perduraria por seis longos anos e deixaria um saldo de pelo menos 50 milhões de mortos, além de uma cifra astronômica de mutilados.

Com a entrada dos EUA na guerra, pelo lado das potência aliadas, formada por Rússia, França e Inglaterra, Hitler viu-se forçado a um revés e as potências do Eixo, aliança que lhe dava sustentação, sucumbiram, pondo fim ao conflito.

Hitler perdeu a guerra e a Alemanha foi retalhada entre as nações vencedoras, mas perduraria, ao longo dos anos, a insígnia do ódio racial representado no Nazismo. Em uma das maiores tragédias já conhecidas pela humanidade, estima-se que durante os seis anos de guerra, Hitler e seus seguidores tenham dizimado mais de 6 milhões de Judeus e pessoas que, segundo a ótica nazista, representavam qualquer desvio da raça ariana.

Hoje, as aspirações de Hitler encontram eco nas aspirações de grupos Neonazista, na maioria das vezes representados por jovens indiferentes à bandeira política, que disseminam o ódio racial atacando negros e minorias, respaldados apenas por uma vaga ideologia que lhes inspira o prazer pela violência.